Ao invés disso, os homens se esforçaram ao máximo para remar de volta à terra. Mas não conseguiram, porque o mar tinha ficado ainda mais violento.
Jonas 1.13
Na região onde vivemos, sudeste do Brasil, fortes chuvas ocorrem principalmente entre os meses de dezembro e março, a época mais quente do ano. Não é raro que estas chuvas destelhem casas, derrubem árvores, transbordem rios e causem uma série de desconfortos. Penso que o pior lugar para se estar numa tempestade é no mar. Hoje, estudaremos sobre três tipos de tempestade, tirando lições muitíssimo proveitosas para nossas vidas.
1º. As tempestades que atraímos sobre nossas vidas:
Em Jonas 1.4ss, temos a história da terrível tempestade que assolou o navio onde o profeta Jonas embarcara para fugir de Deus. Jonas não era qualquer pessoa; era um dos poucos profetas do Senhor que restavam em Israel.
Leia os versos 8 e 9 e observe as perguntas que os marinheiros fizeram e as respostas que o profeta deu. Tais perguntas confrontam o caráter do profeta fujão. Note como ele se apresenta: um adorador do Senhor, o Deus dos céus, que fez o mar e a terra. Somos, também, adoradores do Senhor Deus. Quando agimos como Jonas e fugimos do chamado, da vocação, atraímos tempestade sobre nossas vidas.
Infelizmente, por vezes, a tempestade não afeta somente a nós, mas a todos que nos acompanham. Um adorador precisa ser movido pelo Espírito Santo. O que movia Jonas a fugir de Deus era um ressentimento que ele nutria pelo povo a quem Deus o mandara pregar, em Nínive. Adoradores não podem ser movidos por sentimentos. Somos movidos por princípios, pela Palavra, pela fé e pelo Espírito de Deus.
Este é o primeiro tipo de tempestade, que você pode evitar.
2º. As tempestades que nos levam a subirmos de nível:
Em Mateus 8.23-27, temos o relato da tempestade que assolou o barco onde Jesus e seus doze estavam. Ao atravessarem o Mar da Galiléia, o barquinho que os levava foi acometido de ventos muito fortes que agitavam terrivelmente as águas. Jesus estava noutro nível de dependência e confiança no Pai. Jesus não tinha medo de nada, por isso dormia enquanto usava a tempestade para confrontar os apóstolos com o medo e a falta de fé.
O medo é casado com a falta de fé assim como a prudência é companheira da sabedoria. Os doze estavam apavorados pelo medo de morrer naquela tempestade. Ao despertar, Jesus afirmou que a fé deles era pequena. Em seguida, com uma palavra, repreendeu o vento e as ondas e, imediatamente, houve bonança. Foi então que os discípulos ficaram perplexos, perguntando quem é Ele, que até os ventos e o mar lhe obedecem?.
Ou seja, a tempestade serviu ao propósito de levar os discípulos a vencerem o medo e a crescerem na revelação acerca de Jesus.
Este é o segundo tipo de tempestade. Experiências difíceis que o Senhor usa para nos fazer vencer o medo e nos elevar no nível de compreensão e revelação.
3º. As tempestades que resultam em grandes bênçãos:
Em Atos 27.20ss, encontramos o relato da terrível tempestade que assolou o barco onde Paulo estava para ser levado a ser julgado em Roma. Ao todo, eram 276 pessoas a bordo. A tempestade era muito terrível – note no verso 20 que as pessoas “perderam toda a esperança de salvamento” e no verso 33, que após 14 dias de tempestade, ninguém tinha nem ânimo para se alimentar.
Acontece que o apóstolo Paulo era um homem cheio de fé e movido pelo Espírito de Deus. Nos versos 23 e 24, Paulo prega aos companheiros de viagem sobre a esperança e a coragem que Deus lhe restituíra. A ação do apóstolo fez com que os homens reagissem e, apesar do naufrágio, todos se salvaram e foram recolhidos na ilha de Malta. O povo de Malta nunca ouvira falar de Jesus. Deus usou aquela tempestade para salvar os náufragos e também uma nação.
Observe o detalhe da cobra que mordeu a mão de Paulo. Um infortúnio que serviu para desmascarar a deusa a quem os malteses serviam. Porque Paulo não sofreu dano algum, abriu-se a porta para que todos os habitantes daquele lugar fossem abençoados pelo Deus Vivo. Este tipo de tempestade antecede grandes bênçãos. Nossa atitude fiel e corajosa é fundamental para atravessarmos estas tempestades.
Ore com os discípulos à luz do que estudamos. Dê oportunidade aos novos de se entregarem a Jesus.