“Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas” (Eclesiastes 11.6).
Deus criou as plantas e as sementes, verdadeiras cápsulas de vida e poder. Em cada uma delas encontra-se o DNA, como fórmula de perpetuação das espécies. Depois foi criado o homem, a quem foi dada a liberdade e a responsabilidade de plantar e colher o que for necessário ao seu sustento. Embora seja possível encontrar o fruto que a natureza produz por si mesma, não é aconselhável que se dependa de tal casualidade. Ninguém deve esperar que Deus faça tudo. Ao criar as sementes, Ele fez o que não poderíamos ter feito. Agora, devemos escolher aquelas que queremos semear. A escolha é nossa; o trabalho é nosso.
Após a semeadura, não devemos pensar que tudo está determinado e que todos os grãos serão produtivos. Não tenhamos uma fé irresponsável e sem fundamento. No contexto desta vida terrena, desconfie de um tipo de fé que dispensa o trabalho. Ambos precisam funcionar juntos. Não sejamos triunfalistas, pensando que tudo dará sempre certo e da melhor maneira possível. Pode ser que alguma semente morra e não produza. Fracassos acontecem, seja por conta dos nossos erros, da má qualidade da semente ou do solo inadequado (Mt 13). Sobretudo precisamos estar atentos ao tempo.
“Pela manhã semeia a tua semente.” Não viva adiando a semeadura. Seja perseverante no cuidado com a lavoura, pois existe uma distância entre plantar e colher. “À tarde não retires a tua mão.” Não desista facilmente. Não devemos crer na frutificação automática e predeterminada. Sabemos porém que, com a bênção de Deus, nosso esforço será recompensado com uma colheita abundante.