Daniel, cativo na Babilônia, foi escolhido para servir ao rei Nabucodonosor. Talvez fosse natural que ele dissesse: “Já que estou aqui, farei de tudo para agradar ao rei e melhorar minha situação”. Não foi assim. Daniel, ao contrário do que se poderia imaginar, colocou restrições imediatas, de acordo com seus princípios, valores e convicções.
Sempre haveremos de nos esforçar para fazer o melhor, mas existem também ações a serem evitadas. “E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar” (Dn 1.8). Antes de servirmos aos homens, somos servos de Deus, e não devemos pautar nosso comportamento apenas nas leis e costumes sociais. Nosso padrão é superior. Não podemos ser daqueles que “fazem de tudo” porque todos estão fazendo. Não podemos “fazer de tudo” nos relacionamentos, na escola ou no trabalho, com o propósito de agradar aos outros, ou buscar nossos próprios interesses, ou satisfazer nossos desejos, quando sabemos que algumas atitudes e ações podem desagradar a Deus.
Comidas e bebidas que Daniel talvez não encontrasse na terra de Israel estavam agora disponíveis. O que poderia parecer uma grande oportunidade era uma cilada. Daniel estava disposto não apenas a abrir mão de ganhos e vantagens, como a enfrentar perdas e danos por sua fidelidade ao Senhor. E assim aconteceu ao longo dos anos. Apesar de todo o seu crescimento no império, Daniel foi vítima de perseguição, o que culminou com o seu lançamento na cova dos leões. Contudo Deus estava com ele, dando-lhe inteligência, sabedoria, visão espiritual e usando-o como um dos maiores profetas da Bíblia. Servir ao Senhor vale a pena. Sirvamos com todo amor e dedicação. Nossa vitória não depende apenas da nossa capacidade de lutar, mas do Deus a quem nós servimos. Quando acaba o nosso campo de ação, começa o território do milagre.