Jesus e a oração

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“E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só” (Mt 14.23).

Jesus recebera a notícia de que João Batista havia sido decapitado no cárcere por Herodes. A tarefa de João Batista tinha sido preceder Jesus e preparar-Lhe o caminho para que Israel pudesse receber e compreender a maravilhosa mensagem de salvação no Messias prometido.

Alguns discípulos de João já seguiam Jesus pela declaração que ele fizera ao apontá-Lo e dizer: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Agora a tarefa de João estava terminada e, muito em breve, o Senhor Jesus deveria enfrentar a rejeição do Seu povo e a cruz. A chegada dessa notícia sobre a morte de João, é claro, mexia com o coração do Senhor Jesus. Aquele era um momento para parar tudo e meditar, refletir, ficar a sós com o Pai. E foi exatamente isso que o Senhor Jesus procurou fazer, mas a multidão não Lhe permitiu parar e buscar a face do Pai.

O texto sagrado nos diz: “Jesus, ouvindo isto, retirou-Se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo-o as multidões, vieram das cidades seguindo-O por terra. Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-Se dela e curou os seus enfermos” (Mt 14.13-14). Jesus queria estar a sós com Seu Pai. Ele precisava orar, abrir o coração, receber conforto e ânimo para a árdua tarefa que O aguardava: entregar a Sua vida para a salvação de toda a humanidade.

Mas ali estava uma multidão que correra ao Seu encontro buscando cura e palavras de amor e de perdão. Ali estavam famílias inteiras que dependiam de Sua compaixão. E Jesus os atendeu, curando a todos os enfermos e ainda saciando-lhes a fome, ao multiplicar os pães e os peixes.

Agora, sim, após cumprir Sua tarefa primordial como “Pastor das ovelhas perdidas da casa de Israel”, Jesus impele os discípulos a tomarem o barco e irem à Sua frente para o outro lado do mar da Galileia. Ele, porém, fica só. Era o momento importante que buscava. Estar a sós com o Pai. Receber conforto e suprema direção para todas as coisas.

E, depois desse momento precioso de comunhão celestial, Jesus andou sobre as águas, indo ao encontro dos discípulos no barco. Sempre que o Pai nos supre no secreto, milagres poderão acontecer, fortalecendo a nossa fé e testemunhando o poder de Deus aos que estão ao nosso redor.

Olhando para o Antigo Testamento, podemos encontrar Moisés vivendo um tempo semelhante ao de Jesus. Sua irmã Miriam acabara de falecer. Logo em seguida, seria a vez de Aarão, seu irmão mais velho e companheiro de ministério. A morte de Miriam trazia a mensagem de que logo a sua tarefa também estaria concluída.

Moisés precisava ter um momento a sós com Deus e ter suas forças renovadas. Mas o povo não permitiu isso, antes, começou a reclamar, como sempre. Queriam água e jogavam no rosto de Moisés palavras de reprovação, rejeição e indignação pelos 40 anos no deserto.

Um pouco antes, Deus orientara Moisés a apenas falar à rocha, e dela brotaria água para o povo. Entretanto, a pressão do povo era tão grande sobre Moisés, que ele perdeu a paciência e feriu duas vezes a rocha com sua vara, sendo assim, reprovado por Deus. E, por esse motivo, Moisés não pôde entrar na terra prometida. O milagre do Senhor viera: as águas brotaram da rocha, mas Moisés mesmo perdeu sua bênção pela impaciência.

Como precisamos estar atentos e não perder o foco do que Deus quer fazer em nós e por meio de nós. Assim como Moisés e o próprio Jesus, poderemos passar pelas mesmas situações, quando nossos corações estiverem debilitados e nossa alma estiver sensível demais, e pressões podem querer nos fazer perder a paciência.

Como é importante, então, para nós, olharmos o exemplo de Jesus em toda a Sua jornada terrena. Precisamos orar para saber nos conduzir nos momentos mais difíceis que temos pela frente em nossa caminhada. Precisamos saber que Deus nos supre com Sua graça, coragem, amor e ousadia em todo o tempo, e que esse suprimento vem dos momentos a sós com o Pai. A mais preciosa lição que o Senhor Jesus ensinou aos Seus discípulos foi a dependência total e absoluta do Pai. Para isso era necessária uma comunhão de qualidade: um tempo exclusivo com o Pai, para falar e ouvir, para derramar o coração e ser fortalecido, para perguntar e receber a resposta divina e seguir em frente no cumprimento da vontade do Senhor. Que possamos compreender quão importantes e fundamentais são estes momentos de reclusão e busca do Senhor em oração a sós. Que possamos sistematicamente ter esta doce comunhão que nos renova e santifica, que nos direciona e capacita, que nos ensina e nos alegra, que nos confirma que estamos no centro da vontade do Pai!

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