A empatia é a base para toda comunicação significativa, pelo menos quando desejamos que as pessoas em questão ouçam e se importem com as coisas que temos a dizer.
Empatia é algo que sempre tentamos criar com as pessoas que conhecemos. Pode ser em um contexto de trabalho, onde queremos que as pessoas entendam a nossa apresentação ou ideia. Aplica-se também ao contexto do discipulado, quando precisamos estabelecer vínculos reais e duradouros. Exige-se também nos novos relacionamentos, nos relacionamentos que queremos manter. E, por fim, simplesmente no caso de querermos chamar a atenção de uma outra pessoa ou até grupo de pessoas
A palavra “empatia” significa “criar harmonia e relações amistosas”, ou seja, ao estabelecer empatia estamos estabelecendo uma relação de confiança mútua, consentimento, cooperação e abertura às ideias do outro.
Estamos sempre estabelecendo ou não empatia com as pessoas que nos cercam de forma consciente e proposital ou de forma inconsciente e aleatória.
A regra básica da empatia é adaptar-se à forma como os outros preferem se comunicar, e isso quase sempre se estabelece de forma silenciosa, pois a pessoa com quem se está querendo comunicar somente captará seu esforço de forma inconsciente. Se isso ocorre, fica mais fácil para as outras pessoas entenderem o que estamos dizendo. Ademais, assim as pessoas passam a gostar mais de nós, pois se sentem confortáveis ao nosso lado, já que somos parecidos ou iguais a elas.
Estabelecer empatia dessa forma é algo que se faz inicialmente, ao acabar de conhecer alguém, e depois de estabelecer a empatia, você poderá usar esta conquista para mudar o seu próprio comportamento, sendo você mesmo, para conquistar as mesmas mudanças na outra pessoa, exercendo uma influência sem controle.
Uma outra expressão que podemos usar para empatia é criar harmonia, estabelecer pontos em comum com as pessoas com as quais queremos nos comunicar. Um exemplo interessante foi a experiência de Paulo em Atenas, quando usa o altar do Deus desconhecido para começar seu discurso para os atenienses. Paulo se harmonizou com os habitantes da cidade por meio de suas próprias crenças e religiosidade e, assim, conseguiu a atenção deles para poder comunicar sobre Jesus, o verdadeiro Deus e a ressurreição.
Podemos ser mais ousados em dizer que grande parte do sucesso evangelístico do Apóstolo Paulo estava no fato de que ele sempre se harmonizava com os pecadores, judeus ou gentios, se colocando como um pecador tal como eles, e necessitado da graça de Deus como qualquer um dos seus ouvintes.
Assim também podemos dizer que Jesus se harmonizou com todos os homens quando se identificou com os nossos pecados. Ele não pecou, mas se fez pecado por nós e assim pode nos comunicar o seu amor e o perdão de Deus para com todos nós, pecadores.