“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho”. (João 14.13)
A nossa oração é uma petição ao Pai. No Antigo Testamento, encontramos orações de confissão de pecados em que os líderes nacionais clamavam ao Senhor em favor do povo, apelando por Sua misericórdia e bondade, levando em conta os perfeitos atributos de Deus. E assim foi em toda a história da nação de Israel registrada na Bíblia Sagrada. Entretanto, quando Jesus foi enviado ao mundo pelo Pai, vindo cumprir o maravilhoso propósito de salvar o homem perdido e pecador, Ele nos ensinou preciosas lições sobre a oração. Jesus disse que Seus discípulos deveriam orar ao Pai usando o Seu crédito, o Seu próprio nome. “Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, Ele vo-la concederá em meu nome” (João 16.23).
Aprendemos, então, o caminho para trazer dos céus as bênçãos que nos estão reservadas, conquistadas pela obra de Cristo na cruz do Calvário: a oração feita ao Pai, em nome de Jesus. Isso significa que Jesus nos concede o Seu nome, o Seu crédito para que, por Seus méritos, possamos receber o que precisamos. Esse ensino nos remete à história de Jacó e Esaú, em Gênesis 27, quando o irmão mais novo recebe a bênção do mais velho. A bênção de primogênito seria dada a Esaú por seu pai, Isaque. Ele o mandou ir à caça e preparar uma comida saborosa para que, após comê-la, o pai pudesse abençoar seu filho com a bênção patriarcal. Esaú sai ao campo para caçar, e Rebeca, sua mãe, ao ouvir as palavras de Isaque, chama Jacó para que se prepare para receber a bênção da primogenitura. Jacó argumenta o fato de que seu pai perceberia que não era Esaú, pois eles eram muito diferentes fisicamente. Enquanto Esaú era muito peludo, até mesmo no pescoço e nas mãos, Jacó, ao contrário, era liso. É claro que o pai saberia que não era seu filho Esaú, mas Jacó. Entretanto, Rebeca tinha um plano em mente. Esse plano ilustrará a nossa vida espiritual em relação às nossas orações.
Rebeca manda que Jacó traga dois cabritos cevados e prepara a comida saborosa para seu pai, conforme ele gostava. E veste seu filho com as roupas do irmão mais velho. Ela toma a pele dos cabritos e forra com ela a lisura do pescoço e das mãos de Jacó. E ele se apresenta a seu pai, dizendo: “Meu pai! Ele respondeu: Fala! Quem és tu, meu filho? Respondeu Jacó a seu pai: Sou Esaú, teu primogênito; fiz o que me ordenaste. Levanta-te, pois, assenta-te e come da minha caça, para que me abençoes. Disse Isaque a seu filho: Como é isso que a pudeste achar tão depressa, meu filho? Ele respondeu: Porque o SENHOR, teu Deus, a mandou ao meu encontro. Então, disse Isaque a Jacó: Chega-te aqui, para que eu te apalpe, meu filho, e veja se és meu filho Esaú ou não. Jacó chegou-se a Isaque, seu pai, que o apalpou e disse: A voz é de Jacó, porém as mãos são de Esaú. E não o reconheceu, porque as mãos, com efeito, estavam peludas como as de seu irmão Esaú. E o abençoou” (Gênesis 27. 20-23).
Vemos que Isaque abençoou seu filho Jacó, reconhecendo sua voz, porém identificando o sinal das mãos como sendo as de Esaú. Jacó foi abençoado porque “as mãos eram de Esaú”, peludas. Na verdade, um animal fora sacrificado para cobrir a lisura das mãos de Jacó, assim como Jesus Se deu por nós em sacrifício para cobrir nossas faltas, nossos pecados. O sinal das mãos de Jesus foi feito pelos cravos na cruz do Calvário. É como se nos apresentássemos perante o Senhor, em oração, e Ele nos perguntasse: “Quem é você, meu filho?”. E nós, vestidos com as vestes de Cristo, tendo sobre nós o Seu perfume, Seu cheiro de santidade e Suas mãos perfuradas pelos cravos cobrindo as nossas, ouvíssemos o Pai dizer: “A voz é de um pecador, mas as mãos são de meu amado Filho Jesus”. E, por amor a Jesus, o Pai nos daria o que pedíssemos, o que precisássemos.
Com o crédito de Jesus, temos os céus abertos para nossas orações. E podemos trazer dos tesouros celestiais: cura, milagres, suprimento, libertação, paz, salvação e tantas bênçãos. O preço pago pelo Senhor na cruz foi muito alto e pode pagar com crédito ilimitado todas as bênçãos das quais carecemos. Podemos nos achegar com confiança diante do Pai. Tudo já está pago. O Pai se alegra em nos suprir por Cristo Jesus. Portanto, chegue-se a Deus na sala do Trono e ouse pedir ao Pai a salvação, o perdão, a Sua graça e a Sua misericórdia para você, para sua família, sua cidade, seu país e para todas as pessoas em todas as nações.
Ore em nome de Jesus, o nosso irmão mais velho, o único digno de receber tudo do Pai por Sua obediência e absoluta perfeição. Experimente orar com entendimento e humildade, “vestido com a justiça de Cristo”. Por meio da nossa oração “em nome de Jesus”, o Pai é glorificado no Filho, e a terra recebe as dádivas dos céus. Portanto, vá agora aos tesouros celestiais, traga para a terra o suprimento para sua vida, receba do Pai o que há de mais precioso: a bênção do Senhor, que enriquece e não acrescenta dores, em nome de Jesus.
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