Sansão era o homem mais forte de Israel. Se nem o exército filisteu podia detê-lo, que ameaça Dalila lhe poderia representar? Aparentemente, nenhuma. Ela era só diversão e prazer. Todavia aquela mulher tinha seus poderes. Não eram armas militares nem ofensas grotescas ou golpes marciais, mas a sedução, a astúcia, a persistência e a chantagem. Seu arsenal era demais para Sansão (até mesmo no mundo animal, alguns conflitos se resolvem pelo tamanho, outros, pelo veneno).
A iniciativa para o relacionamento foi dele, e parecia que tudo estava dando certo. Afinal, depois de tantos problemas na vida, “Sansão merecia ser feliz”. Dalila não tinha motivos para tentar destrui-lo, até que os chefes filisteus lhe ofereceram mil e duzentas moedas de prata. Então, o poder econômico acendeu o pavio da cobiça que tudo destrói. Dalila colocou suas armas em ação, derrubando um dos homens mais fortes que o mundo já conheceu.
Sansão parece ter se esquecido de que a sua grande força seria nada sem o poder de Deus, e este dependia de sua fidelidade constante. A mulher venceu o homem, mas a Filístia não venceu Israel, pois o Todo Poderoso está acima de tudo.