“Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (Sl 11.3).
Os fundamentos da nação brasileira têm sido atacados no palácio, no parlamento, nas cortes, na imprensa, na grande mídia, nas universidades, na literatura, no teatro, no cinema e até nos púlpitos. Os valores morais são escarnecidos. A família é desfigurada. A sodomização da cultura é aplaudida. A inversão de valores é incentivada. Nessa conjuntura, o salmista Davi é oportuno quando pergunta: “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?”. Destacaremos aqui sete pontos para nossa reflexão:
Em primeiro lugar, quando os fundamentos são destruídos, os justos são induzidos a fugir (Sl 11.1). Os ímpios armam ciladas, destroem os fundamentos, corrompem a sociedade e pressionam os justos a abandonar sua fé em Deus e fugir. Os ímpios promovem a apostasia. Estimulam a decadência da fé. Criam o caos e depois dizem aos justos que a única saída para eles é fugir para o seu próprio abrigo.
Em segundo lugar, quando os fundamentos são destruídos, os valores morais são invertidos (Sl 11.2). Os ímpios passam a comandar, e os retos de coração passam a ser perseguidos. As artilharias contra os retos são dispostas para destruí-los. Porém tudo acontece às ocultas, nos bastidores. O bem passou a ser coibido, e o mal, promovido. A virtude passou a ser escarnecida, e os vícios, aplaudidos. O que é certo passou a ser visto como errado, e o que é errado passou a ser considerado certo.
Em terceiro lugar, quando os fundamentos são destruídos, os justos ficam perplexos (Sl 11.3). Quando os fundamentos são atacados, os justos são tomados de perplexidade. O que eles poderão fazer? A quem recorrer? Para onde ir? Que direção tomar? É óbvio que a vida do justo é pautada por valores morais absolutos, pela verdade inerrante, pelo prumo da justiça, pela integridade moral, pelas balizas do bem, pelo trabalho honesto, pelo cumprimento da lei. Mas, quando os fundamentos são destruídos, a lei é distorcida, os tribunais são comprados, a justiça é injusta e os valores morais são escarnecidos. Do topo da pirâmide à sua base, a sociedade se corrompe, rendendo-se à ditadura do relativismo moral.
Em quarto lugar, quando os fundamentos são destruídos, os homens perdem a percepção da soberania de Deus (Sl 11.4). O salmista Davi não permitiu que o caos instaurado pelos ímpios tirasse dele a compreensão de que Deus é soberano, está no trono e não faz vistas grossas às tramas urdidas pelos ímpios.
Em quinto lugar, quando os fundamentos são destruídos, os homens perdem a noção da justiça divina (Sl 11.5). Deus não apenas está no trono, Ele também põe à prova o justo e o ímpio. Ao justo Ele prova para purificar; ao ímpio Ele prova para reprovar. A alma de Deus abomina àquele que ama e semeia a violência.
Em sexto lugar, quando os fundamentos são destruídos, os homens perdem a capacidade de ver o juízo vingador de Deus (Sl 11.6). Deus não só prova ao ímpio, mas faz chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre. O mal pode prevalecer por um tempo, mas não por todo o tempo. O ataque frontal aos valores morais pode receber dos ímpios aplausos por um momento, mas, quando o juízo divino chegar, um vento abrasador da parte de Deus passará sobre os perversos, e eles serão consumidos.
Em sétimo lugar, quando os fundamentos são destruídos, os homens precisam saber que Deus nunca perde o controle da história (Sl 11.7). Deus é justo e ama a justiça. Aqueles que aqui são perseguidos triunfarão sobre a maldade dos perversos e contemplarão a face do Senhor. Os ímpios serão dispersos como a palha, mas os justos viverão seguros num reino de glória, onde o mal jamais penetrará. Os fundamentos da terra podem ser abalados, mas os fundamentos do céu jamais serão atingidos. Os tronos da terra podem se corromper, mas o trono de Deus permanecerá sendo justo para sempre!
:: Hernandes Dias Lopes – www.lagoinha.com