Mordomo é o administrador de uma casa. É aquele a quem são confiados os bens do proprietário. Ele não é o dono da propriedade e nem dos objetos, mas possui a incumbência de gerenciá-los.
Deus nos fez mordomos de Sua criação. Somos como administradores de tudo que pertence a Ele. “Ao Senhor, ao seu Deus, pertencem os céus e até os mais altos céus, a terra e tudo o que nela existe” (Deuteronômio 10.14).
Como mordomos, Deus quer nos encontrar fiéis. Recebemos tempo, dons, talentos, família, amigos, dinheiro, emprego, faculdade… E, com zelo, excelência, honestidade, diligência e fervor, precisamos e devemos “dar o nosso melhor” para Deus em tudo o que fizermos e com tudo o que temos. Toda a obra de nossas mãos deve ser feita para a glória Dele.
Ao realizar a obra para Deus, e não para homens, não caminharemos relaxadamente. É essencial ter a certeza que o servo serve ao Senhor Jesus. “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens (Colossenses 3.23,24)”.
Ao servir ao Pai, o servo bom, que é fiel no pouco e no muito, receberá a recompensa do seu Senhor. Pela sua fé, ele tem a certeza da herança prometida. “O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mateus 25.21). O servo bom é cuidadoso nos mínimos detalhes. Não importa se o trabalho é varrer o chão, fazer um café ou servir um copo com água. Ele vai fazer de todo coração para Cristo, ainda que ninguém o esteja observando. Mas tem a certeza de que Deus está lhe vendo.
Paulo, apóstolo, é um exemplo de bom servo, que ministrou a diversas igrejas, mesmo em prisões e no sofrimento, administrando com amor aquilo que Cristo havia depositado em suas mãos. Mesmo em dificuldades, não parou no meio do caminho, mas permaneceu firme, com o olhar na cruz de Jesus, que pagou um alto preço de sangue, derramado pela humanidade.
Por Cristo, Paulo trabalhou. Por amor ao Evangelho, enfrentou açoites, naufrágios, noites sem dormir, tempestades e perseguições. “Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. Três vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia exposto à fúria do mar. Estive continuamente viajando de uma parte a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios; perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, e perigos dos falsos irmãos. Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez” (2 Coríntios 11.24-27).
No fim, Paulo pôde afirmar que combateu o bom combate, acabou a carreira, guardou a fé (2 Timóteo 4.7) Assim como o apóstolo, podemos afirmar que, por amor a Cristo, corremos a caminhada cristã que Ele nos designou? Cuidamos com excelência do que Ele colocou em nossas mãos? Temos amor pela Igreja? Temos amor pelos perdidos? Usamos nossos dons e talentos para o Reino ou temos sido infiéis? O que ouviremos de Jesus?