Naquele dia Josué firmou um acordo com o povo em Siquém, e lhe deu decretos e leis. (Josué 24.25)
Javé é um Deus de aliança. Ele mesmo firmou seu compromisso conosco prometendo-nos solenemente: “Eu serei o seu Deus e vocês serão o meu povo”. Tudo começou com Abraão, e continuou com Isaque, Jacó e José. Moisés não tinha dúvidas de que seu ministério era em cumprimento à promessa. E agora, Josué precisava ter certeza de que estava caminhando na mesma direção. Assim, o livro de Josué começa e termina com referências importantes à aliança. Depois que os israelitas cruzaram o Jordão, Deus ordenou a Josué que fizesse facas de pedra e circuncidasse os israelitas, uma vez que a circuncisão era o sinal da aliança e não havia sido praticada durante os quarenta anos no deserto. Depois de circuncidados, eles então estariam qualificados para celebrar a Páscoa.
O livro de Josué conclui com a renovação da aliança em Siquém. O mais admirável aqui é que, ao apresentar a aliança, Josué deliberadamente seguiu o modelo dos tratados de vassalagem (descobertos recentemente no antigo Oriente Próximo) firmados entre os povos conquistados e o rei ou conquistador. Após a introdução das partes interessadas, seguia-se um breve histórico. A seguir vinham as condições do tratado e uma lista de testemunhas. A parte final incluía bênçãos para aqueles que o cumprissem e advertências no caso de rompimento. Todos esses aspectos do tratado dos vassalos podem ser encontrados em Josué 24.
Os seguidores de Jesus Cristo são herdeiros da aliança de Deus com Abraão. O batismo e a ceia do Senhor são sinais daquilo que Jesus chamou de “a nova aliança”, correspondendo à circuncisão e à Páscoa no Antigo Testamento. Os tratados de vassalagem precisavam ser renovados anualmente, mas a nossa aliança com Deus deve ser renovada diariamente, ou pelo menos, todas as vezes que participamos da Ceia do Senhor.